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Minha biografia

Tenho algumas imagens claras na minha cabeça da minha infância.

 

Uma das mais marcantes foi do dia em que me decepcionei porque sonhei que acordaria um rinoceronte e tive certeza que era o espelho que estava errado.

O lúdico e o imaginativo eram o meu espaço. Já eram. Talvez único.

Da mesma época do rinoceronte foi o acidente em que, pisando em almofadas, eu caí de rosto na quina da mesa de vidro e por pouco não fiquei cego. Eu queria mostrar para o meu pai que havia acabado de ganhar uma bota ortopédica para consertar o meu andar peculiar e salvar a minha vida do que trinta ou quarenta anos depois se batizaria por bullying. Eu acho que tocava Tchaikovsky. Abertura 1812 ou algo parecido.

Tomei alguns pontos. E a bota fracassou.

Na escola, a inabilidade óbvia para os esportes me empurrava para a biblioteca. No recreio, ao invés de ir ao “campão”, eu lia.

Robinson Crusoé.

 

 

 

Robinson Crusoé é o nome mais antigo na memória.

 

Não sei ao certo, mas acho que foi por aí que tudo começou.